21 de setembro de 2011

das reviravoltas

é, pois é, daí que a vida vem cheia de surpresinhas pro meu lado, de novo. eu saí do antigo emprego. saí porque não aguentava mais ser desvalorizada, apesar do meu trabalho ser sempre muito bem feito e eu ser sempre muito elogiada. e elogios não enchem a nossa carteira nem fazem a gente ir feliz pro trabalho, não é mesmo? saí porque recebi uma proposta que me pareceu boa no momento, tamanho o meu desespero pra ir embora. dái que eu fui e me arrependi em seguida, porque não era nada daquilo que eu estava esperando. muitas coisas - boas e ruins - aconteceram desde então. não vou entrar em detalhes, mas o que importa é que eu estou em um emprego novo, uma empresa que eu já namorava há mais de ano e que eu cobiçava descaradamente. tô aqui, feliz da vida, fazendo diversos lanchinhos diariamente e tentando não pensar no que estará acontecendo daqui a seis meses. sim, porque a vida é boa, mas não é perfeita, e meu contrato é temporário, de seis meses. eu, como toda capricorniana metódica e extremamente oganizada, quase surtei nas primeiras semanas de emprego novo, mas agora estou conseguindo lidar melhor com o fato de não saber o que será que será. tenho a maravilhosa sensação de que tudo vai dar certo e que eu serei incrivelmente feliz aqui - por mais de seis meses, mas às vezes a angústia toma conta de mim, como não poderia deixar de ser. e vou vivendo, deixando os dias passarem e esperando alguma surpreendente boa notícia que defina o meu futuro, sendo que o futuro ainda nem chegou.

8 de junho de 2011

da saudade que dói

bateu aquela vontade de escrever, de desabafar, de por tudo pra fora pra não explodir. tudo mudou, muito. pra melhor, em alguns aspectois, pra pior em outros. eu sou uma pessoa completamente diferente da que eu era seis meses atrás. mais independente, mais dona do nariz, mais aberta aos desafios e às consequencias dos desafios. mas toda mudança exige escolhas e algumas coisas precisam ficar pra trás pra dar lugar a outras. e o peito às vezes fica assim: pequenininho. não sei se é porque eu fui morar no outro lado da cidade, ou porque não tenho bichos no apartamento pra me fazer companhia, ou porque todo mundo se sente assim mesmo depois de sair de casa e tomar o próprio rumo, mas às vezes me dá uma saudade tão grande. e às vezes eu me sinto tão filha da puta pela dor que eu faço algumas pessoas sentirem. claro que não é intencional, e a vida é assim mesmo e todo mundo tem que se adaptar, mas de vez em quando eu choro rios de lágrimas, simplesmente por saber que deixei minha família pra trás, que não os vejo todos os dias e que eles sentem a minha falta. eu não sou dona do mundo e as dores dos outros não são minha culpa, mas cara, como eu odeio me sentir impotente. a saudade vai existir. vai doer bastante, em alguns momentos, e a gente precisa aprender a lidar com isso. nem sempre é fácil, mas eu continuo tentando. aprendendo um pouquinho a cada dia, e vivendo, cada dia mais.